Polêmica da semana: Educação X Regime Militar

Todos devem saber que o Colégio da Polícia Militar segue um regime militar [como o próprio nome já diz], porém antes disso vem o nome : COLÉGIO. Então, até onde o regime militar e a educação seguem juntos e até onde é o limite?

O CPM sempre seguiu severamente o seu regime. Os alunos que aqui estudam precisam, não apenas obter boas notas, mas também saber respeitar e obedecer as regras. Cortar o cabelo nas datas programadas, usar o uniforme completo diariamente, prestar continências aos oficiais, entrar em forma todos os dias, chegar no horário, ente outras coisas, são atribuições obrigatórias para que o aluno se desenvolva bem na escola.
Quem não cumprir estes requisitos terão que passar por punições. Algumas são leves como ter que fazer uma limpeza da sala de aula ou ter que ir ao sábado marchar. Outras são mais pesadas, como tomar suspensões de até 120 horas. Além disso quando o aluno não cumpre alguma regra, ele perde pontos na FAD [que começa com 8 pontos e você pode ir perdendo pontos. Se chegar em 2, pode chegar a ser expulso]. Antigamente alguns castigos eram físicos, como ter que limpar banheiros, ou ficar no sol, ou ajoelhar no milho. Mas isso NÃO ACONTECE MAIS, diferente do que muitas pessoas pensam.
Infelizmente, algumas vezes, o regime militar é posto na frente das atividades pedagógicas, e isso incomoda alguns professores. Muitas vezes as aulas são perdidas devido as paradas ou quando o aluno precisa ficar no Corpo de Alunos. Teve professoras que quando solicitados que permitissem que o aluno saíssem da sala de aula para resolver problemas na Unidade Discente, negaram o pedido.
Claro que não deve existir exageros dos militares, pelo motivo daqui ser uma escola, porém, todos quando se inscrevem para entrar sabe de tudo com antecedência. Sabe que é um regime severo e organizado, então reclamações posteriores devem ser moderadas.
Pela manhã no pavilhão dois [que abriga o primeiro ano e algumas turmas do segundo] está um inferno. Muitos alunos reclamando. O sistema lá está mais severo que o comum. Os estudantes tem que todos os dias entrar em forma com o hino da polícia na mão, para a execução do mesmo. Qualquer motivo é passível de perda do intervalo. E agora mais uma: estão todos proibidos de se comunicar com os alunos do outro pavilhão!!!!!!! Aí sim eu já acho um exagero.
Nós temos diretores separados. O diretor do colégio (responsável pela parte disciplinar) e a diretora pedagógica (responsável pela parte educacional). O que evidencia a separação entre os dois. Mas o que interessa é a organização que torna o CPM um dos melhores colégio públicos da Bahia. Só tínhamos que nos livrar dos exageros, pois pressionados em excesso ninguém consegue aprender direito.